quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

cry me a river



Uma das tantas belas músicas do grande cancioneiro popular norte-americano. Na performance da maior voz feminina deles.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

outra definição de cinema

Cinema é a música da luz.

Abel Gance

domingo, 12 de dezembro de 2010

O retorno de Francis Ford Coppola

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1635447-17665,00-FRANCIS+FORD+COPPOLA+REVELA+SEUS+DIRETORES+FAVORITOS+DAS+NOVAS+GERACOES.html

Depois de alguns anos sem ter seus filmes distribuídos no Brasil, eis que "Tetro" estreou por aqui na última sexta-feira. Figura inquieta dos bons tempos do cinema norte-americano em que a criatividade ainda era mais forte do que o dinheiro. Depois que Scorsese ficou chato e Woody Allen passou a copiar Almodovar (pra não falar de tantos outros grandes diretores que perderam a alma ou a mão), é um alento a volta de Coppola. Convida a deixar outras distrações de lado e retomar o hábito de ir ao cinema.

Paulo César Peréio

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1635445-17665,00-PAULO+CESAR+PEREIO+DESCOBRE+SEGREDO+DA+SERENIDADE+AOS+ANOS.html

Entrevista com Geneton de Moraes Neto. Vale a pena ver a verve de Peréio.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lúcio Costa



Primeira parte deste documentário sobre o arquiteto Lúcio Costa. O áudio do filme está em português. Legendas em inglês.

Direção de Alexandre Hanszmann

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

diferentes olhares



Abertura da exposição "diferentes olhares", na Casa de Cultura Mário Quintana.

Imagens e edição de Gaby Benedyct

http://macrs.blogspot.com/p/salas-especiais.html

domingo, 28 de novembro de 2010

You've got to hide your love away



Desta música, como de vários outras dos Beatles, muito se falou. Que ela seria uma mensagem velada a Brian Epstein em função de sua homossexualidade não declarada. Ou, quem sabe, que John Lennon estivesse falando a respeito de si mesmo e daquilo que ele não ousava trazer à tona.
Sei que eu sempre gostei dela. Há em sua atmosfera algo que é capaz de expressar sentimentos suspensos no ar. E a música, até onde alcanço, tem muito a ver com o aéreo e aquilo que não tem definição nem nunca terá.

sábado, 27 de novembro de 2010

história sexual da mpb

Depois  das histórias sociais dos diversos gêneros de música popular pelo mundo afora, agora (ou mais recentemente) o novo filão é a história da sexualidade refletida nas canções brasileiras.
Apresentado pelo jornalista e pesquisador Rodrigo Faour, autor do livro História Sexual da MPB – A Evolução do Amor e do Sexo na Canção Brasileira.
Bons depoimentos e imagens de arquivo.

http://canalbrasil.globo.com/historiasexualdampb

traços de antônio



Direção e Fotografia de Pâmela Ferrer.
Trilha e Execução: Thiago Gonçalves.
Cenário: (internas) Espaço Jabutipê e (externas) rua  Fernando Machado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

when you're strange



Assisti e gostei deste documentário sobre Jim Morrison, The Doors e a segunda metade dos anos 60 nos EUA. Narrado por Johnny Depp e escrito e dirigido por Tom Dicillo.
Pena que o trailer não tenha legendas. Mesmo assim, acho que dá pra sentir o clima do filme.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

maioria absoluta



Primeira parte de outro filme dirigido por Leon Hirszman. Da época em que o Cinema Novo estava no auge.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Visitando a Mangueira



Trecho do programa "Mapas Urbanos", apresentado na GVT em 1998. Produzido pela Grifa Cinematográfica.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Araújo Vianna: todas histórias

Trailer do filme sobre o emblemático auditório do Parque Farroupilha - fechado, por sua vez,  para "eternas" reformas desde 2005 -   que estréia hoje no site http://www.araujovianna.com.br/ . Vou assisti-lo, com certeza.

gargalos de exibição

Marcelo Janot fala sobre o famigerado problema dos gargalos de exibição do circuito de cinema nacional. O problema é seríssimo e não se vê propostas de solução no fim do túnel. Outro tema que necessita ser (muito mais) debatido.
PS: Vejam como o título da chamada da Globonews é mistificador...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

reflexões sobre a arte urbana



Depoimento do artista plástico Hector Zamorra a respeito de seu trabalho "Errante", para o projeto Margem, em São Paulo. O tema instiga e é pouco - e mal - debatido.

domingo, 14 de novembro de 2010

Laurimar e outras lendas

Quarta-feira passada fui assistir na Fundação Cultural Badesc ao filme "Laurimar e outras lendas", feito por Miguel Ângelo, Chico Caprário e Bob Barbosa. Fiquei admirado com o personagem central deste documentário tão singelo e eficiente, filmado em Santarém, no Pará. Laurimar é o artista plástico responsável pela quase totalidade dos monumentos e esculturas que enfeitam as praças da cidade. Sujeito peculiaríssimo e culto, sobrevivendo em condições precárias, Laurimar nos oferece várias observações interessantes sobre a cultura amazônica, brasileira e, também, a respeito da sua enigmática biografia. Tudo com extrema simplicidade e fluidez - garantidas pela presença e diálogos desses três realizadores (Miguel como o entrevistador-personagem defronte da câmera, Chico, atrás da mesma, e Bob, captando o som).
O filme foi feito com recursos mínimos e dá conta plena do que se propôs a realizar. Estão todos, portanto, de parabéns.

sábado, 13 de novembro de 2010

Janete Clair e Dias Gomes



Entrevista de Leda Nagle, no início dos anos 80, com o famoso casal autor de tantas novelas... Gostei da tensão não declarada entre os dois quando falam da cumplicidade criativa e  do casamento. E a Leda Nagle é sempre uma aparição por si só... Ainda mais naqueles tempos em que o feminismo brasileiro ainda não havia se bundizado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

délibáb

Primeira parte da entrevista radiofônica de Vitor Ramil e Carlos Moscardini em que falam sobre o álbum Délibáb, composto inteiramente por milongas feitas a partir de poemas de Jorge Luis Borges e João da Cunha Vargas. Tenho ouvido muito este disco nos últimos dias.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Nineteen Hundred and Eighty Five

Outra música da "Up and coming tour" que me agrada bastante. Nineteen hundred and eighty five é do álbum "Band on the run", de 1973. É considerado por muitos o seu melhor trabalho pós-Beatle. Essa turnê, aliás, tem umas cinco ou seis canções do disco no repertório. Provavelmente, também, em função de seu relançamento em versão remasterizada com direito a todos aqueles bônus típicos... Sem dúvida, é muito bom. Embora ainda prefira o "Ram", de 1971,  sou suspeito pra falar, pois tenho especial predileção por essa fase que vai de 70 até meados da década. Não tem nada de gosto duvidoso ali. E os Wings também foram um grande banda. Só não vale comparar com os Beatles...
É por essas e outras que discordo do Caetano Veloso quando ele escreve em "Verdade Tropical" que Paul McCartney, depois dos Beatles, fez apenas "rocks desossados". Acho que ele simplesmente explorou outra vertente que, é claro, ninguém é obrigado a gostar. A expressão "desossado" é que me incomoda...

ram on



Esta música é uma das minhas preferidas de Paul... Seja em comparação com suas canções beatle ou não. E não é que ele a tocou no seu ukulele no domingo à noite, em Porto Alegre? Um verdadeiro clássico de seu cancioneiro quase desconhecido pelos fãs de ocasião...

sábado, 30 de outubro de 2010

César, Elis & Tom



Primeira parte do programa em que César Camargo Mariano fala sobre os bastidores do álbum Elis & Tom, de 1974.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

here today

Dias depois do septuagenário de Lennon e às vésperas dos shows de McCartney no Brasil, a canção deste em homenagem ao grande parceiro.

domingo, 24 de outubro de 2010

it's so hard

Pra não dizerem que eu esqueço dos aniversários de amigos e mitos que eu admiro... Ainda que com atraso. John Lennon, no Madison Square Garden, em 1972, executando um de seus melhores blues: "It's so hard".

Praça Saens Pena



Primeira parte do making of do filme "Praça Saens Pena", que tem o bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, como cenário e personagem onipresentes. Não vi ainda e quero ver. Direção de Vinícius Reis, colega do Gil, em seus tempos de estudante no Colégio Batista.

sábado, 23 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Kubrick: imagens de uma vida



Primeira parte do documentário sobre o cineasta norte-americano radicado na Inglaterra a partir da década de sessenta. Sempre é bom voltar a Stanley Kubrick e vê-lo com os olhos que mudam com o tempo. Aos 19 anos, ele era o meu diretor preferido.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

até o fim


Encontro bonito de Chico e Ney em um convite sempre válido a não nos levarmos muito a sério.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

modos possíveis

Esse cinema sem jeito,
sem estrutura nem arrependimento.
Esse cinema que é movimento além da tela
e independente de revelação.
Cinema que não precisa de meta pra ser cinema.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

os escrúpulos do Passarinho

Entrevista de Geneton Moraes Neto com Jarbas Passarinho, um dos ministros que assinaram o AI 5 e que proferiu, ao assiná-lo, a famosa frase "Às favas, Senhor Presidente, com os escrúpulos de consciência".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

mediocrização do cinema brasileiro

Escolheram hoje o nosso filme candidato ao Oscar de 2011: "Lula, o filho do Brasil". Esta fita decepcionou as expectativas do mercado cinematográfico local. Vendeu muito menos ingressos do que se imaginava. E, além disso, mesmo que eu não tenha assistido o filme inteiro - apenas trechos esparsos -, posso dizer que é o tipo de cinema que me desagrada.
É claro que o Oscar (assim como Cannes e Veneza) também está pior e menos representativo da riqueza do cinema norte-americano e mundial. Os produtores, distribuidores e organizadores de festivais cada vez mais pífios estão minando a relevância da sétima arte. Quero crer na força de revitalização da cultura cinematográfica a despeito do que vejo no horizonte próximo.
Afinal, esperar que se alie indústria do entretenimento com um nível razoável de qualidade nunca é pedir demais. E, por falar em qualidade, aonde foi parar a independência criativa do diretor? Nos bolsos de quem?

anabasys



Trailer do documentário Anabasys, sobre os bastidores do último e mais anárquico filme de Glauber Rocha, "A idade da Terra".
Direção de Paloma Rocha e Joel Pizzini.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Impasse



Trailer do documentário Impasse que trata sobre o embate da população contra a estrutura pública e privada que controla o transporte coletivo em Florianópolis. O filme mostra as manifestações ocorridas entre maio e junho deste ano de 2010, além de apresentar os diferentes olhares dos atores sociais envolvidos no processo.

Direção: Juliana Kroeger e Fernando Evangelista.
http://www.impasse.com.br/

sábado, 18 de setembro de 2010

Claude Chabrol [2]

Quem quer que realize filmes e não compreenda que o tempo de rodagem é o tempo de alegre fruição, não deve continuar a fazer cinema. Que faça outra coisa, há 36 outras formas de se exprimir.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

o canto dos sabiás



Inspirado por João Donato e Tom Jobim, fui atrás do canto do sabiá... As imagens acima foram tiradas no Parque das Ruínas, Santa Tereza, Rio de Janeiro. Abaixo, a imagem e o som de um sabiá-laranjeira em ação em plena cidade de São Paulo.

João Donato



Em que João Donato identifica a origem da melodia da Garota de Ipanema no canto do sabiá quando tem filhote no ninho! "Olha só onde o Tom foi buscar essa ideia".

Claude Chabrol

A vida inteira tive medo de ser burguês, mas me dei conta de que não sou um deles, pois, se saio para jantar com eles, percebo que não gosto do que eles gostam - dinheiro e condecorações.

Claude Chabrol (1930-2010)

sábado, 11 de setembro de 2010

Rain Drops Keep Falling on My Head



Butch Cassidy and the Sundance Kid (1969). Dirigido por George Roy Hill. Paul Newman e Katharine Ross. Robert Redford não aparece nesta cena, mas com certeza está no filme. A canção é de Burt Bacharach.

nowhere man

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Francis Hime e suas histórias



Primeira parte da entrevista com Francis Hime.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Entrevista com o Ziraldo

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1617307-17665,00-ZIRALDO+DA+DECLARACOES+POLEMICAS+SOBRE+CASAMENTO+GAY+E+TRABALHO+INFANTIL.html

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

a era do rádio



Trailer do filme "Programa Casé - o que a gente não inventa, não existe", de Estevão Ciavatta. A história de Adhemar Casé, uma das figuras-chave do radialismo brasileiro. Época de ascensão do rádio, da música popular e da cultura de massas em nosso país.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aonde foi parar a esperança hoje em dia?



Primeira parte do programa Sangue Latino, dirigido por Eric Nepomuceno, sobre Chico Buarque e as suas visões e vínculos com a cultura latino-americana. Há neste filme uma reflexão a respeito da passagem do tempo e a sucessão das gerações bastante interessante. Em um determinado momento, ele fala sobre os espaços de liberdade e esperança de hoje em dia comparados com a época em que as suas canções ainda deixavam brechas abertas para a utopia.
São muito bonitas, também, as intercalações em que ele recita poemas de Vinícius de Moraes. Por fim, quero dizer que gostei de ver a rara cena de Chico ao piano.

domingo, 22 de agosto de 2010

Bairro de Santa Teresa



Reflexões urbanas de um taxista carioca a respeito do bairro célebre.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ary Barroso



Primeira parte de um programa televisivo especial em homenagem ao Ary Barroso. Está cheio de ótimas imagens de arquivo!

Nobody told me

terça-feira, 17 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

cinema em tempo de estio

Sempre admirei os críticos de cinema que veem e falam sobre os filmes todo santo dia. Pra mim, a cinefilia sempre exigiu algum descanso. Tempo pra refletir a respeito do que foi visto e desejar o novo ainda a ver.  Mas isto - vai ver - porque sou um cinéfilo de araque!

"apesar da indústria, essa vai ter que tocar no rádio"

olha maria

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O vídeo de Leandro



Taí um exemplo de bom uso das tecnologias digitais: colocar os governantes e as suas farsas midiáticas contra a parede.
Abaixo, a coluna de Elio Gaspari (11/08/10) sobre o vídeo de Leandro com os neocaciques Lula e Sérgio Cabral Filho:

"ERA UMA VEZ um índio chamado Juruna. Ele escandalizou o país no fim dos anos 70 com um simples gravador. O xavante ia aos gabinetes de Brasília, apresentava seus pleitos, ouvia o blá-blá-blá dos burocratas e gravava. Quando Juruna tocou suas fitas, o Brasil percebeu que não era só ele quem estava sendo feito de bobo e tratado como um estorvo. Juruna transformou-se numa celebridade e, em 1982, tornou-se o primeiro índio a sentar na Câmara dos Deputados. Deu-se à bebida e morreu no anonimato em 2002.

Para felicidade geral, existem hoje internet e YouTube. O garoto Leandro dos Santos de Paula, que vive no conjunto Nelson Mandela, em Manguinhos, perto de uma área conhecida como 'Faixa de Gaza', gravou em vídeo uma breve conversa com Lula e Sérgio Cabral durante uma visita dos dois ao bairro e tornou-se um Juruna 2.0.

Leandro queixou-se ao Nosso Guia de que na área esportiva da obra que os maganos visitavam não podia jogar tênis. Tomou a primeira, de Lula: 'Isso é esporte da burguesia, porra'. (Se Leandro tivesse o chassis de Serena Williams, ele não arriscava uma cortada dessas.) Na condição de pai dos pobres, aconselhou: 'Por que você não faz natação?'

'Porque a gente não pode entrar na piscina.' Por quê? 'Porque não abre para a população.'

Nosso Guia virou-se para o governador Sérgio Cabral e ensinou: 'No dia em que a imprensa vier aqui e pegar um final de semana com essa porra fechada, o prejuízo político será infinitamente maior do que colocar dois guardas aqui'.

Maravilha. A patuleia paga a piscina, não pode entrar, e Lula se preocupa com a possibilidade de a imprensa flagrar a cena. Sem imprensa, tudo bem. Ademais, o que ele teme é o 'prejuízo político'. O da Viúva é desprezível.

Leandro reclamou do barulho que o 'Caveirão' (o blindado com que a PM demonstra sua força) faz à noite na sua rua. Entrou em cena o governador Sérgio Cabral, chamando Leandro de 'otário' e 'sacana'. A intervenção de Cabral foi claramente intimidatória, mas o jovem não baixou a bola. Afinal, como no caso de Juruna, sua ação foi premeditada. Ele é freguês das comemorações triunfalistas do governador. À diferença do índio, ele faz o registro em vídeo.

Cabral sustenta que Leandro está sendo usado por interesses eleitorais. Engano. Foram ele e Nosso Guia que usaram a autoridade que a choldra lhes confere para desfilar vulgaridades, o resto é registro. Como diria o bandido Elias Maluco, 'não esculacha'. Em seu benefício, foi arrogante, mas não chamou Leandro para a briga, como fez Ciro Gomes em Tianguá, nem estapeou um eleitor em Campo Grande, como fez o governador André Puccinelli. (Nos dois casos, os doutores haviam sido chamados de 'ladrão'.)

Bem-aventurados os leandros desta vida, bem-aventurado o YouTube e glória eterna ao Juruna. O xavante, depois de eleito deputado, fez um discurso chamando todos os ministros do governo João Figueiredo de 'ladrões'. O general invocou os sentimentos do ministro do Exército e quis que o ministério o processasse: 'Eu quero todos! Quem não fizer, eu demito!' Onze fizeram, e chegou-se a temer uma crise com o Congresso. Deu em nada. O Brasil tinha começado a melhorar".

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

edu lobo

Boa entrevista com Edu Lobo.

feira moderna

Hey Jude

O que dizer de Hey Jude?

sábado, 7 de agosto de 2010

Eu sou o homem de neanderthal



No programa O Som do Vinil, Ney Matogrosso fala a respeito de seu primeiro disco solo, "Água Céu Pássaro". Lembro de ouvi-lo na casa de meu primo Cristiano. Achava o disco muito bom e louco. Deu vontade de escutá-lo novamente. Bons tempos aqueles, da Belina e do bairro Jardim Botânico e dos discos de vinil interessantes que o Cristiano botava pra gente ouvir. As tardes de sábado ou domingo fluíam soltas e ligeiras.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

uma noite em 67



Outro trailer de filme que desejo ver: "Uma noite em 67". Após abrir o último festival É Tudo Verdade, está competindo na Mostra de Cinema de Paulínia. Muito engraçado ouvir o Chico Buarque dizer que depois de ver Caetano e Gil com suas roupas coloridíssimas, ficou "com aquela cara de smoking".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

conversas sobre Vinícius (2)

Depois de sonhar com o Vinícius, vale a pena ver a segunda parte da conversa entre José Castello e Sérgio Cabral sobre o nosso poetinha:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1298117-7823-VINICIUS+DE+MORAES+E+RELEMBRADO+EM+CONVERSA+ENTRE+SERGIO+CABRAL+E+JOSE+CASTELLO,00.html

segunda-feira, 12 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

amor, amor

Uma das canções do musical-rock, Bete Balanço. O clima de desbunde da época da abertura, nos inícios dos anos 80, foi muito bem captado neste filme escrito e dirigido por Lael Rodrigues. Debora Bloch bem novinha e super à vontade. Cazuza, Lauro Corona e outros ícones do período surgem aqui e ali ao longo da narrativa leve, despretensiosa e cheia de estilo. Se o cinema brasileiro fosse mais cuidadoso consigo mesmo, já seria um cult há muito tempo.

Ezequiel Neves e Agenor

Uns fazem anivesários e outros partem... Ironia do destino que Ezequiel tenha partido exatamente vinte anos depois de Agenor... Fica o depoimento desta figura essencial para a história do rock brasileiro.

Ringo, 70

Quem diria que hoje, 7 do 7 de 2010, o primeiro Beatle ingressaria na faixa dos setenta anos? Parabéns, Richard Starkey!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mais Ivan

Outro Ensaio, com Ivan. Este, mais recente...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Be my babe



Sucesso das Ronettes em 1963, ano em que os Beatles, Brian Wilson e Phil Spector começavam a reoxigenar o rock'n roll da gurizada. Essa canção também serve de fundo musical para os belos créditos de abertura do filme "Caminhos Violentos" (Mean Streets) de Martin Scorsese, do ano watergate de 1973. Durante o seu "final de semana perdido", também nos idos de 73/74, John Lennon fez uma interpretação bem ao seu estilo de Be my babe...

fazer cinema

Cinema se faz pensando
                      sonhando
                      assistindo
                   ao caminhar
                       acordado
                  conversando.

Cinema tá em todo lugar:
mesmo com
a televisão fora do ar
o projecionista no banheiro
o filme não distribuído
a luz apagada
e o sol que se escondeu.

Cinema na literatura
Cinema de bar
Cinema entre amigos

O olhar enquanto câmera
sem limites de tempo, ideias
e orçamento.

Cinema de todos os modos
ativos e contemplativos
possíveis.
                    

sábado, 19 de junho de 2010

Penny Lane



Penny Lane é uma avenida e também um bairro em Liverpool. Quando estive lá era como se eu estivesse na minha Avenida Independência ou na Lauro Linhares, só que no universo paralelo dos ingleses. No final dela há um entroncamento onde se vê um terminal de ônibus. Tudo muito normal e pacato. E ao mesmo tempo mágico.
As pessoas daquela cidade me pareceram muito mais receptivas e vivas do que os londrinos. A maioria dos liverpudlianos estavam super dispostos a conversar - e não apenas a informar polidamente a quantas quadras ficava determinada estação de metrô ou parada de ônibus.
O dono do albergue em que fiquei tinha a mesma idade dos Beatles e havia convivido com eles todos. Não gostava do John Lennon pois este lhe parecia extremamente agressivo e desagradável. Típico arruaceiro líder de gangue ao seu ver. Chegou a me contar com detalhes o dia em que o viu em confronto com outra gangue do bairro. Elogiou Paul McCartney e disse que a sua música dele predileta era No more lonely nights. Mas, com certeza,  nenhum Beatle se comparava ao seu cantor favorito: Willie Nelson. A casa era repleta de fotos e souvenires do artista country americano.
Tive ótimas conversas com aquela gente calorosa, simples e interessante. Além disso, a luz inédita daquele verão setentrional em alta latitude me deixava com os sentidos e o ânimo aguçados. Os dias inteiros tinham então a claridade lusco-fusco de um final de tarde prolongado.

futebol de verdade (2)



Brasil e Argentina pela Copa América de 89. Dunga como jogador podia não ser um Falcão ou um Paulo Isidoro, mas pelo menos era muito melhor do que os Felipe Melo e Gilberto Silva da vida. Seja como for, tremo só de ver os atacantes que nós tínhamos em comparação com a triste safra contemporânea. Brasil, mostra a tua cara!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

futebol de verdade



Primeira partida da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982. Contra a União Soviética. Futebol bem jogado, com categoria e inteligente.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ensaio - Ivan Lins (74)



Infelizmente, por enquanto só alguns techos disponíveis no youtube...

domingo, 13 de junho de 2010

a felicidade



Show da Gal Costa hoje à noite em Florianópolis. Ela e o violão múltiplo do Luiz Meira. Voz intacta e grande presença e simpatia com o público. Nunca tinha visto a Maria da Graça tão disposta a conversar. Falou da musicalidade portuguesa que de alguma forma  vincula os sotaques da Bahia e da Ilha de Santa Catarina. Achava a baiana um tanto blasé nas entrevistas e depoimentos que assisti pela vida afora. Ao vivo foi bem melhor. Nada de estrelismos e frieza protocolar. Programa de gala, sem dúvida. Viva a Gal!

domingo, 6 de junho de 2010

Sarah Miles



Sarah Miles em A fiha de Ryan (Ryan's Daughter) de David Lean (1970). Bela trilha de Maurice Jarre.

Elevado 3.5 (II)



Mais cenas do filme, sob a trilha sonora de Eduardo Nazarian e Guilherme Garbato.

Cidadão Boilesen



Outro trailer de um filme que quero assistir: Cidadão Boilesen. Ganhou o Tudo é Verdade de 2008. Trata do envolvimento da sociedade civil com o aparato de repressão e terror do regime militar brasileiro.

sábado, 5 de junho de 2010

Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague





Chamadas do documentário que eu quero assistir (a de cima, em português, a de baixo, legendada em inglês). A história da relação criativa e tumultuosa desses dois me interessa bastante. Tempos de ousadia e invenção.

Elevado 3.5



Acabou de estrear o documentário sobre o famigerado e controverso viaduto Minhocão, elevado de 3,5 quilômetros que conecta o Centro de São Paulo à Barra Funda. O filme já é um pouco antigo, tendo sido o vencedor do festival É Tudo Verdade de 2007.  Decerto, conseguiu chegar no circuito comercial de cinema em função da polêmica atual envolvendo a possibilidade de demolição deste monumento monstruoso à urbanidade caótica e hostil. Porém, pelo que pude ver nas resenhas de jornal, o filme retrata justamente o contrário do que se poderia esperar sobre uma obra como esta. É a partir do humano que brota e vive ao redor e em função do Minhocão que os diretores desdobram o fio narrativo do Elevado 3.5.
Direção: João Sodré, Maíra Buhler e Paulo Pastorelo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Milton



Primeira parte do programa Som Brasil com Milton Nascimento (2007).

domingo, 30 de maio de 2010

Dennis Hopper

Dennis Hopper partiu ontem e nos deixou toda a sua loucura e inventividade de ator e diretor. Desde a década de cinquenta até agora há pouco.  James Dean, Marlon Brando, Mickey Rourke, Jack Nicholson, Peter Fonda, Gene Hackman, Martin Sheen e muitos mais tiveram a honra de contracenar e/ou serem dirigidos por esta lenda do cinema que nos dá um até logo enquanto oferece a sua carreira e biografia bombástica pra gente se extasiar. Foi um ator e diretor talentosíssimo e problemático na mesma medida. Talvez ainda não tenha recebido o reconhecimento devido em função de uma personalidade fronteiriça entre aquilo que os defensores da suposta normalidade chamam de loucura e lucidez. Marlon Brando (outro louquíssimo) se recusou a dividir o mesmo set com ele durante as gravações de Apocalypse Now... Grande artista!
Então vamos de Sem Destino (Easy Rider), clássico fortíssimo que ele dirigiu e atuou ao lado de Peter Fonda e Jack Nicholson.



Bahia de todos os sambas

Trecho do filme Bahia de todos os sambas (83), feito por Paulo César Saraceni e Leon Hirzman, a partir de um festival de música brasileira na Piazza Navona (Roma) com João Gilberto, Dorival e Nana Caymmi, Caetano, Gil, Gal, Bethânia, Tom Zé e muitos mais... Aqui, vamos de João Gilberto tocando "Louco" de Wilson Batista. Pena que o filme não está completo no youtube... Na noite de natal de 2005, em Nova Petrópolis (RS), vimos ele inteiro pela TV Bandeirantes, enquanto tomávamos vinho. Nossos artistas, então, nos pareciam todos em plena forma, jovens e orgulhosos.

sábado, 29 de maio de 2010

General Newton Cruz

Outro depoimento de um dos protagonistas do regime ditatorial brasileiro: General Newton Cruz, chefe do SNI, em Brasília, entre 1977 e 83. Aqui, a primeira parte da entrevista.

terça-feira, 25 de maio de 2010

General Leônidas



Primeira parte desta  recente entrevista com Leônidas Pires Gonçalves, chefe do DOI-Codi entre 1974 e 1977. Além disso, foi o Ministro do Exército durante todo o Governo Sarney...

domingo, 23 de maio de 2010

Impasses do cinema brasileiro

Texto extraído do blog de Luiz Zanin, crítico cultural e de cinema do Estado de São Paulo. Contextualização clara e incisiva do estado atual do cinema brasileiro. Além disso, também propõe uma autoavaliação muito interessante e amarga a respeito da perda de relevância da crítica cinematográfica enquanto instrumento de divulgação e formação de opinião pública. Sua proposta, porém, ao invés de sucumbir diante das eternas e crescentes dificuldades de se fazer ouvir, é gerar movimento:

"No começo dos anos 1990 o cinema brasileiro estava entregue a si mesmo. Com o desmanche da era Collor, foi jogado à arena do mercado e por pouco não sucumbiu. A mensagem do então presidente e seu escudeiro Ipojuca Pontes era clara. Se o cinema nacional for importante para o povo brasileiro, este virá em seu socorro na única esfera reconhecida pela doutrina neoliberal – o mercado. Ninguém fez um gesto; ninguém deu um pio.

Foi preciso que Collor caísse para que se tornasse viável uma série de medidas de incentivo conhecidas sob o rótulo geral de “retomada do cinema brasileiro”. Essa fórmula, de tom salvacionista, se compunha de incentivos pontuais, como os concursos “de resgate”, e medidas institucionais, sob a égide das leis de incentivo.

Vinte anos depois, o panorama parece muito diferente, por um lado, e muito parecido, por outro. Se naquela época, antes do socorro, o Brasil limitou-se a produzir apenas dois ou três títulos por ano, hoje chega a 80, 90, tendendo aos cem. Naquele tempo, o público era quase nulo. Hoje mantém média de uns 10% do mercado anual. Não avança e nem recua, fora um ano excepcional (2003) quando bateu nos 23%. Exibe uma razoável diversidade de títulos, comédias e obras intimistas, muitos documentários, um ou outro filme de apelo popular e alguns de alto significado artístico. Os festivais de cinema, que se podiam contar nos dedos da mão no começo dos anos 1990, hoje passam de 200. Há mais salas de exibição, mais movimento econômico nos laboratórios e nos escritórios de organizadores de eventos. Enfim, a atividade, se não floresceu de maneira espetacular, pelo menos parece muito mais saudável do que naqueles anos de triste memória.

E, no entanto, podemos imaginar: e se chegasse hoje ao poder um novo Collor, conseguisse revogar as leis de incentivo e jogasse de novo o cinema no circo romano das forças de mercado, o que aconteceria? Teríamos um grande movimento em defesa do nosso cinema? O golpe geraria editorais indignados na imprensa, haveria passeatas, artigos de especialistas, choro e ranger de dentes? Duvido. Fora nós, que sempre estivemos convencidos da necessidade da existência de um cinema brasileiro, quem viria em socorro dele? Suspeito que ninguém.

A constatação é dura, mas tem de ser feita: depois de 20 anos, o cinema brasileiro ainda é incapaz de mostrar ao seu público potencial que ele é indispensável, item fundamental da nossa cultura, o nosso espelho, a maneira como enxergamos a nós mesmos, etc. Tudo isso que nós (e apenas nós) vivemos dizendo e repetindo, convencendo a nós mesmos (ou seja, aos já convertidos) da veracidade das nossas razões, mas a mais ninguém.

Não que essas afirmativas não sejam pertinentes, ou pelo menos muito razoáveis. Os que sabemos da importância política (sim, política) da sobrevivência dos cinemas nacionais, bem entendemos a necessidade de protegê-lo da concorrência predatória. Certo. Mas, e quanto ao público em geral? Será que ele está muito preocupado com isso?

Vejo motivos para inquietação. Primeiro, porque o cinema brasileiro não conseguiu pôr um ponto final numa situação emergencial (a tal da “retomada”) e dar um passo adiante, rumo a uma política cultural digna desse nome. O exemplo foi o abortado debate pela Ancinav, que terminou em recueta vergonhosa, sem que sequer as ideias fossem colocadas em pauta e discutidas, antes de serem descartadas. Tende-se então a eternizar uma situação provisória e torná-la definitiva, com todos os seus óbvios inconvenientes (diretores de marketing das empresas dando pitacos nos projetos parece o menor entre eles).

Mas o fato principal é que a relação com o distinto público continua complicada. Este costuma prestigiar de preferência produtos que poderia perfeitamente estar vendo na TV. São os mesmos atores, as mesmas atrizes, as mesmas histórias, a mesma estética, tudo igual. Mais do mesmo transposto da tela pequena para a tela grande.

Já quem destoa dessa mesmice parece se conformar com fatias mínimas de público, ou com o sucesso enganoso nos festivais, que funcionam da mesma forma que tapinhas nas costas dados por amigos fiéis. Quem freqüenta festivais sabe que filmes ovacionados, aplaudidos em pé e levados aos cornos da Lua pela crítica costumam decepcionar quando expostos ao público “normal” no circuito convencional de cinema. Isso quando chegam lá.

A mesquinhez da mentalidade vigente nesse circuito comercial justifica em parte essa dificuldade de contato com o público. Mas não explica tudo. Talvez fosse útil substituir a choradeira pela consciência de que essas dificuldades podem ser sinais de alerta a produtores e cineastas de que, talvez, eles não estejam conseguindo encontrar uma brecha na atenção do público. Na voragem de lançamentos característica do hipercapitalismo, não encontram um diferencial que faça dos seus filmes algo premente, indispensável e merecedor de atenção. Pode ser (é uma hipótese) que não estejam captando o espírito do tempo e suas necessidades. Não entram em sintonia com as aspirações do público.

Assim como os documentários, tão badalados por seus inegáveis méritos, mas que enfrentam dificuldades em se desvencilhar de fórmulas batidas, do culto aos personagens, das entrevistas, dos tipos humanos mais ou menos curiosos, da excelência da música, etc. Vivem também da constatação dos problemas sociais, sem enfrentar os dados estruturais que estão na origem dessas questões. Comentando os filmes de Fernando Solanas, que têm muitos problemas, são discursivos, etc, Jean-Claude Bernardet diz que, pelo menos, eles tinham a ambição de afrontar a estrutura do capitalismo, do mercado financeiro e do sistema industrial e político, ligando-os às contingências da história argentina. Aqui, nem se pensa nisso.

Claro que os que escrevemos sobre cinema somos parte do problema. Nunca antes nesse país houve tantos críticos de cinema, nem sua ressonância social foi tão pífia. Do exercício de uma cinefilia solipsista em seu esplêndido isolamento ao conformismo da função de indicadores de bons programas para a classe média, temos falhado em compreender os filmes em seu conjunto e relacioná-los a determinadas circunstâncias históricas. Esterilizados pelo pedantismo pseudo-universitário ou pela superficialidade de fornecedores de dicas de consumo, não temos desempenhado a função de provocar o debate cultural sobre as obras e, portanto, torná-las mais presentes e atuantes no imaginário social. Condenamo-nos à irrelevância.

Isso posto, pode-se concordar que a situação atual é muito preferível à do início dos anos 1990. Caminhamos. Mas também é óbvio que, em 20 anos, deveríamos ter avançado muito mais.

A modéstia das nossas ambições deve ser tema para debate".

(Originalmente publicado na Revista de Cinema, maio de 2010)



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Di



Primeira parte do curta cujas imagens foram feitas ao longo do velório (MAM do Rio de Janeiro) e enterro (São João Batista) de Di Cavalcanti (1976).
Direção de Glauber Rocha e fotografia de Mario Carneiro, o qual, antes de ser cineasta, foi sempre um artista plástico. Para ele, o cinema era "um mural em movimento, à maneira de Rembrandt".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

comercial clássico



Em 1984, no intervalo dos desenhos, programas de televisão e novelas que eu assistia, gostava muito de ver este comercial criado por Duda Mendonça, o mesmo que depois viria a ser o marqueteiro do mensalão. Mas isso é outra história...

Rio 77/78


`
Não tinha conhecimento deste documentário a respeito do ambiente psicológico e cultural do Rio de Janeiro no biênio 77/78. Gostei bastante do "teaser". Me deu  vontade de assisti-lo do início ao fim.

Argumento: Mauricio Branco
Direção: Patricia Faloppa & Mauricio Branco

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bandeira



Outro dos curta-metragens dirigidos por Fernando Sabino e David Neves. Agora, o protagonista é o Bandeira.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Na casa do RIo Vermelho



Este é um dos curta-metragens filmados por Fernando Sabino e David Neves tendo como tema algumas das celebridades literárias brasileiras (1974).

tradição musical brasileira



No cinquentenário da morte de Noel Rosa (87), Chico Buarque deu esta entrevista em que trata sobre a clássica e reiterada questão das influências dos antigos na construção de sua obra...

a alegria do povo


Para o Dunga e sua seleção brasileira cheia de volantes tão obedientes quanto carentes de qualquer poder de invenção. Se for pra jogar feio, prefiro que o Brasil perca esta Copa do Mundo.
Trecho de Garrincha, a alegria do povo. De Joaquim Pedro de Andrade (1963).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

infância revisitada



A Porto Alegre da minha infância neste curta-metragem ganhador do prêmio de melhor montagem no Festival de Gramado de 84. Roteiro e Direção de Antônio Carlos Textor. Fotografia e câmera de Norberto Lubisco. Com certeza as filmagens ocorreram em 83, pois há uma cena em que aparecem rapidamente os letreiros de Superman 3 no Cinema Baltimore!  Estes que foram o primeiro filme e sala de cinema da minha vida. Fiquei muito impressionado com esta feliz coincidência de ter a oportunidade de ver imortalizada em imagem em movimento um momento tão significativo da minha infância. Cinema é viajar no tempo!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Xica da Silva



Depoimentos de Cacá Diegues e Zezé Motta a respeito de Xica da Silva, belo filme de 76. Também foi uma das maiores bilheterias da história do cinema brasileiro, com seis milhões de ingressos vendidos. A canção-tema de Jorge Ben  me agrada muito. "Xica da, Xica da, Xica da, Xica da Silva, oh negra..."

domingo, 9 de maio de 2010

Let it be



Nos quarenta anos do álbum (obrigado pela lembrança, Gil!), o famoso e melancólico  filme dirigido por Michael Lindsay-Hogg. Embora, na prática, todos soubessem que o cérebro por trás da produção e do conceito da obra tenha sido Paul McCartney. O filme foi lançado na mesma época do disco. Ainda não saiu em DVD, não sei por quê. Gosto muito dele. Aliás, aprendi a gostar dos Beatles assistindo a este "documentário" na TV Guaíba de Porto Alegre. Aqui, a primeira parte...

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

o Rib's ressuscitado



Este minúsculo trecho do filme gaúcho "Inverno" (82), filmado em Super 8, com direção de Carlos Gerbase, é para os antigos frequentadores da lanchonete Rib's em Porto Alegre.

inútil paisagem



Elis & Tom (74)

chovendo na roseira



Elis & Tom (74)

terça-feira, 4 de maio de 2010

A música segundo Tom Jobim



Belo programa, música e ótimas conversas neste programa dirigido por Nelson Pereira dos Santos para a TV Manchete em 1984. Com a parceria de Dori e Danilo Caymmi. Vale a pena!
Esta série de programas teve ainda outras três gravações. Entre elas, apareceram  Chico Buarque interpretando Noel Rosa e Radamés Gnatalli tocando Ernesto Nazareth ao piano.
Em tempo: parece que o Nelson Pereira está preparando um documentário longa-metragem sobre Tom Jobim.

Estorvo



Primeira parte da entrevista de Chico no Jô Soares Onze e Meia na época do lançamento de Estorvo (91).

cinema transcendental



Cinema novo e cinema falado.

domingo, 2 de maio de 2010

os bondes de orfeu



Orfeu do Carnaval (Orphée Noir). Dirigido por Marcel Camus em 1959.
O Rio do Centro, da Lapa, dos bondes e até de um morro que já não existe mais (Santo Antônio).
Vinícius nunca gostou desta adaptação cinematográfica de sua peça, Orfeu da Conceição. Palma de Ouro em Cannes no mesmo ano.

sábado, 24 de abril de 2010

copacabana me engana



Copacabana me engana (1968), filme de Antônio Carlos da Fontoura. Entre outros, com Odete Lara, Paulo Gracindo e Cláudio Marzo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Canal 100



Canal 100. Criado por Carlinhos Niemeyer em 1959. Durou até 87. Lembro de ainda tê-lo assistido nas prévias das sessões principais de cinema. Aqueles anos (83-87) ainda tinham algo de profundamente antigo no ar. Via-se até cinejornais e curta-metragens em meio aos trailers (grande parte deles de filmes nacionais). Talvez fosse a influência da Embrafilme e dos estertores daquele  regime militar... Não sei... Tema interessante que mereceria um pouquinho mais de estudo.
O filme acima é do tempo (1979) em que Pelé ainda podia jogar junto com Zico ao som da narração de Cid Moreira.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"o negócio é viver a vida mesmo"



Quando o carnaval chegar (1972), filme de Cacá Diegues.
No trecho acima os "atores"  Maria Bethania, Hugo Carvana e Chico Buarque.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Milonga de Manuel Flores



Poema de Jorge Luis Borges musicado por Vitor Ramil e que aparece no já clássico Ramilonga. Agora, em seu último disco que acaba de ser lançado, délibáb, eis que ressurge a canção resgatada para o idioma borgeano.  

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Programa Ensaio

http://www.tvcultura.com.br/ensaio

Clicando no link acima dá pra ver trechos de vários programas. O Ensaio talvez seja uma das coisas mais inteligentes e simples que aconteceu na televisão brasileira.  E mais longevas também...

terça-feira, 13 de abril de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

cinema mentiroso

Por favor indústria cultural, lembre-se de tempos menos burros! O lucro sempre veio antes, mas não à custa de tamanha estupidização alheia. O cinema norte-americano de hoje é tudo o que os xiitas queriam que ele fosse nas suas mais corrosivas diatribes de outrora. Mera sombra e embuste de um sistema de produção que já contou com talentos múltiplos do mundo inteiro. Chegamos a um ponto baixíssimo em que o melhor filme da temporada nos EUA é infinitamente inferior a qualquer título medíocre dos anos 70 ou 80.
Hoje, em pleno 2010, oferecem uma estatueta do Oscar a uma atriz limitadíssima como a Sandra Bullock. O filme que alavancou o prêmio, por sinal, foi um dos piores que eu já assisti numa sala de projeção: "um sonho possível", ou coisa parecida. Meu torpor constrangido foi tamanho que me mandei da sala antes que o meu cérebro e instintos virassem geléia!
Mais uma vez, então: por favor, produtores e distribuidores de plantão, respeitem o tempo daqueles minimamente dispostos a se distraírem com um pouco de magia, humor ou reflexão.
E a indústria distribuidora brasileira, pelo amor dos deuses, tome vergonha na cara e pare de nos massacrar com um produto de qualidade inferior às novelas globais.
O preço que essa máfia global cobra também não é refresco...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

uma definição de cinema

Adoro definições acerca do que, afinal de contas, o cinema parece aos olhos e sensibilidade de quem o experimenta e vê. Lembro de algumas, como as de Nicholas Ray, "o cinema é a melodia do olhar", e Truffaut, "o cinema é a morte em movimento".
Pois ontem me deparei com outra que muito me agradou. É de Eryk Rocha, cineasta que acaba de lançar "Pachamama", uma incursão fílmica às profundezas da América do Sul. Então, para ele, "o cinema é acreditar naquilo que não foi revelado"...

Para assitir ao trailer de Pachamama:
http://tv.estadao.com.br/videos,TRAILER-DE-PACHAMAMA,90368,262,0.htm

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cinema Baltimore


Não que o Baltimore fosse um cinema que tivesse instalações de luxuosa aparência, ou mesmo apresentasse algum significado estético velado em sua estrutura asfáltica e austera. Era, sem dúvida, tão desconfortável quanto feio.
E desde quando adentrei em uma de suas salas – quando meu pai me levou pela primeira vez ao cinema, em alguma tarde de sábado do ano de 1983 – imagino que nele já se insinuavam os sinais de um lugar que se precipita em seu silencioso declínio.
Porto Alegre, aliás, naquele início dos anos oitenta andava um tanto cambaleada. E, embora meus primeiros anos não se resumam apenas à tomada de consciência da decrepitude das coisas, lembro-me de caminhar por entre praças, calçadas e parques mal cuidados recendendo a odores dos mais diversos e orgânicos possíveis.
Mas isto, é importante lembrar, foi muito antes dos programas de higienização urbana conferirem um ar de estéril e artificial ordenação à paisagem... Antes também que a cidade psíquica da classe média se reduzisse a poucos espaços de confinamento interligados por automóveis blindados contra todos e contra tudo.
Naqueles tempos idos de infância, minha cidade me apresentava sempre um ar crepuscular em suas avenidas vespertinas e corredores de edifícios repletos de fantasmas e esquecimento.
Pois o Cinema Baltimore dos meus anos infantis existia como se fosse mais uma dessas tantas entidades fantasmáticas que assombravam a minha impressionável imaginação. Remetia a um mundo ainda desconhecido e anterior a mim. Totalmente aberto às novidades que estavam por vir. E eu nem sequer tinha sido alfabetizado para poder ler as legendas do Superman 3!
Depois daquele sábado, dezenas de vezes, ao longo de duas dezenas de anos, continuei frequentando o Baltimore acompanhado do meu pai, irmão, mãe, primos, amigos e inclusive sozinho. Houve ocasiões marcantes como a vez em que a chuva de verão transformou os degraus da sala de cinema em rio em pleno Indiana Jones e a Ultima Cruzada! A projeção nem por isso foi interrompida. E nós também permanecemos sentados, impávidos e atentos às imagens convictos de que o problema seria passageiro. E de fato era.
O Baltimore ficava no epicentro do Bairro Bom Fim, que durante muito tempo foi o coração da boemia irreverente e criativa de Porto Alegre. Acima do Baltimore havia o seu mezanino que antes de ser rebatizado como Baltimore 3, se chamava Bristol. Pena que naquele tempo meu gosto por cinema ainda não me permitia aproveitar os ciclos de filmes de culto que o Romeu Grimaldi programava para aquela sala ... Mesmo assim, num dos dias mais quentes de verão fomos eu, o Antônio Augusto e o David assistir a um filme então desconhecido do Jerry Lewis. Se chamava o Rei da Comédia. Ocorre que naquela época era muito comum dar pane no sistema de ar-condicionado dos cinemas, sobretudo nos dias mais tórridos da estação... Detestamos o filme - que era uma comédia de humor negro dirigida por Martin Scorsese em que  Lewis já aparece como um homem passado da meia-idade - e ainda tivemos que suportar aquela verdadeira sauna! Hoje em dia O Rei da Comédia é um dos meus filmes mais simpáticos na filmografia de Scorsese e muito me orgulha ter podido assisti-lo no cinema, mesmo que naquele momento as minhas impressões tenham sido totalmente opostas às que eu passei a ter depois de maduro.
Em 2001 ou 2002 o Baltimore foi demolido para que um estacionamente pudesse existir. O Bom Fim hoje é apenas um fantasma de si mesmo.

Foto de Antônio Augusto