segunda-feira, 31 de maio de 2010

Milton



Primeira parte do programa Som Brasil com Milton Nascimento (2007).

domingo, 30 de maio de 2010

Dennis Hopper

Dennis Hopper partiu ontem e nos deixou toda a sua loucura e inventividade de ator e diretor. Desde a década de cinquenta até agora há pouco.  James Dean, Marlon Brando, Mickey Rourke, Jack Nicholson, Peter Fonda, Gene Hackman, Martin Sheen e muitos mais tiveram a honra de contracenar e/ou serem dirigidos por esta lenda do cinema que nos dá um até logo enquanto oferece a sua carreira e biografia bombástica pra gente se extasiar. Foi um ator e diretor talentosíssimo e problemático na mesma medida. Talvez ainda não tenha recebido o reconhecimento devido em função de uma personalidade fronteiriça entre aquilo que os defensores da suposta normalidade chamam de loucura e lucidez. Marlon Brando (outro louquíssimo) se recusou a dividir o mesmo set com ele durante as gravações de Apocalypse Now... Grande artista!
Então vamos de Sem Destino (Easy Rider), clássico fortíssimo que ele dirigiu e atuou ao lado de Peter Fonda e Jack Nicholson.



Bahia de todos os sambas

Trecho do filme Bahia de todos os sambas (83), feito por Paulo César Saraceni e Leon Hirzman, a partir de um festival de música brasileira na Piazza Navona (Roma) com João Gilberto, Dorival e Nana Caymmi, Caetano, Gil, Gal, Bethânia, Tom Zé e muitos mais... Aqui, vamos de João Gilberto tocando "Louco" de Wilson Batista. Pena que o filme não está completo no youtube... Na noite de natal de 2005, em Nova Petrópolis (RS), vimos ele inteiro pela TV Bandeirantes, enquanto tomávamos vinho. Nossos artistas, então, nos pareciam todos em plena forma, jovens e orgulhosos.

sábado, 29 de maio de 2010

General Newton Cruz

Outro depoimento de um dos protagonistas do regime ditatorial brasileiro: General Newton Cruz, chefe do SNI, em Brasília, entre 1977 e 83. Aqui, a primeira parte da entrevista.

terça-feira, 25 de maio de 2010

General Leônidas



Primeira parte desta  recente entrevista com Leônidas Pires Gonçalves, chefe do DOI-Codi entre 1974 e 1977. Além disso, foi o Ministro do Exército durante todo o Governo Sarney...

domingo, 23 de maio de 2010

Impasses do cinema brasileiro

Texto extraído do blog de Luiz Zanin, crítico cultural e de cinema do Estado de São Paulo. Contextualização clara e incisiva do estado atual do cinema brasileiro. Além disso, também propõe uma autoavaliação muito interessante e amarga a respeito da perda de relevância da crítica cinematográfica enquanto instrumento de divulgação e formação de opinião pública. Sua proposta, porém, ao invés de sucumbir diante das eternas e crescentes dificuldades de se fazer ouvir, é gerar movimento:

"No começo dos anos 1990 o cinema brasileiro estava entregue a si mesmo. Com o desmanche da era Collor, foi jogado à arena do mercado e por pouco não sucumbiu. A mensagem do então presidente e seu escudeiro Ipojuca Pontes era clara. Se o cinema nacional for importante para o povo brasileiro, este virá em seu socorro na única esfera reconhecida pela doutrina neoliberal – o mercado. Ninguém fez um gesto; ninguém deu um pio.

Foi preciso que Collor caísse para que se tornasse viável uma série de medidas de incentivo conhecidas sob o rótulo geral de “retomada do cinema brasileiro”. Essa fórmula, de tom salvacionista, se compunha de incentivos pontuais, como os concursos “de resgate”, e medidas institucionais, sob a égide das leis de incentivo.

Vinte anos depois, o panorama parece muito diferente, por um lado, e muito parecido, por outro. Se naquela época, antes do socorro, o Brasil limitou-se a produzir apenas dois ou três títulos por ano, hoje chega a 80, 90, tendendo aos cem. Naquele tempo, o público era quase nulo. Hoje mantém média de uns 10% do mercado anual. Não avança e nem recua, fora um ano excepcional (2003) quando bateu nos 23%. Exibe uma razoável diversidade de títulos, comédias e obras intimistas, muitos documentários, um ou outro filme de apelo popular e alguns de alto significado artístico. Os festivais de cinema, que se podiam contar nos dedos da mão no começo dos anos 1990, hoje passam de 200. Há mais salas de exibição, mais movimento econômico nos laboratórios e nos escritórios de organizadores de eventos. Enfim, a atividade, se não floresceu de maneira espetacular, pelo menos parece muito mais saudável do que naqueles anos de triste memória.

E, no entanto, podemos imaginar: e se chegasse hoje ao poder um novo Collor, conseguisse revogar as leis de incentivo e jogasse de novo o cinema no circo romano das forças de mercado, o que aconteceria? Teríamos um grande movimento em defesa do nosso cinema? O golpe geraria editorais indignados na imprensa, haveria passeatas, artigos de especialistas, choro e ranger de dentes? Duvido. Fora nós, que sempre estivemos convencidos da necessidade da existência de um cinema brasileiro, quem viria em socorro dele? Suspeito que ninguém.

A constatação é dura, mas tem de ser feita: depois de 20 anos, o cinema brasileiro ainda é incapaz de mostrar ao seu público potencial que ele é indispensável, item fundamental da nossa cultura, o nosso espelho, a maneira como enxergamos a nós mesmos, etc. Tudo isso que nós (e apenas nós) vivemos dizendo e repetindo, convencendo a nós mesmos (ou seja, aos já convertidos) da veracidade das nossas razões, mas a mais ninguém.

Não que essas afirmativas não sejam pertinentes, ou pelo menos muito razoáveis. Os que sabemos da importância política (sim, política) da sobrevivência dos cinemas nacionais, bem entendemos a necessidade de protegê-lo da concorrência predatória. Certo. Mas, e quanto ao público em geral? Será que ele está muito preocupado com isso?

Vejo motivos para inquietação. Primeiro, porque o cinema brasileiro não conseguiu pôr um ponto final numa situação emergencial (a tal da “retomada”) e dar um passo adiante, rumo a uma política cultural digna desse nome. O exemplo foi o abortado debate pela Ancinav, que terminou em recueta vergonhosa, sem que sequer as ideias fossem colocadas em pauta e discutidas, antes de serem descartadas. Tende-se então a eternizar uma situação provisória e torná-la definitiva, com todos os seus óbvios inconvenientes (diretores de marketing das empresas dando pitacos nos projetos parece o menor entre eles).

Mas o fato principal é que a relação com o distinto público continua complicada. Este costuma prestigiar de preferência produtos que poderia perfeitamente estar vendo na TV. São os mesmos atores, as mesmas atrizes, as mesmas histórias, a mesma estética, tudo igual. Mais do mesmo transposto da tela pequena para a tela grande.

Já quem destoa dessa mesmice parece se conformar com fatias mínimas de público, ou com o sucesso enganoso nos festivais, que funcionam da mesma forma que tapinhas nas costas dados por amigos fiéis. Quem freqüenta festivais sabe que filmes ovacionados, aplaudidos em pé e levados aos cornos da Lua pela crítica costumam decepcionar quando expostos ao público “normal” no circuito convencional de cinema. Isso quando chegam lá.

A mesquinhez da mentalidade vigente nesse circuito comercial justifica em parte essa dificuldade de contato com o público. Mas não explica tudo. Talvez fosse útil substituir a choradeira pela consciência de que essas dificuldades podem ser sinais de alerta a produtores e cineastas de que, talvez, eles não estejam conseguindo encontrar uma brecha na atenção do público. Na voragem de lançamentos característica do hipercapitalismo, não encontram um diferencial que faça dos seus filmes algo premente, indispensável e merecedor de atenção. Pode ser (é uma hipótese) que não estejam captando o espírito do tempo e suas necessidades. Não entram em sintonia com as aspirações do público.

Assim como os documentários, tão badalados por seus inegáveis méritos, mas que enfrentam dificuldades em se desvencilhar de fórmulas batidas, do culto aos personagens, das entrevistas, dos tipos humanos mais ou menos curiosos, da excelência da música, etc. Vivem também da constatação dos problemas sociais, sem enfrentar os dados estruturais que estão na origem dessas questões. Comentando os filmes de Fernando Solanas, que têm muitos problemas, são discursivos, etc, Jean-Claude Bernardet diz que, pelo menos, eles tinham a ambição de afrontar a estrutura do capitalismo, do mercado financeiro e do sistema industrial e político, ligando-os às contingências da história argentina. Aqui, nem se pensa nisso.

Claro que os que escrevemos sobre cinema somos parte do problema. Nunca antes nesse país houve tantos críticos de cinema, nem sua ressonância social foi tão pífia. Do exercício de uma cinefilia solipsista em seu esplêndido isolamento ao conformismo da função de indicadores de bons programas para a classe média, temos falhado em compreender os filmes em seu conjunto e relacioná-los a determinadas circunstâncias históricas. Esterilizados pelo pedantismo pseudo-universitário ou pela superficialidade de fornecedores de dicas de consumo, não temos desempenhado a função de provocar o debate cultural sobre as obras e, portanto, torná-las mais presentes e atuantes no imaginário social. Condenamo-nos à irrelevância.

Isso posto, pode-se concordar que a situação atual é muito preferível à do início dos anos 1990. Caminhamos. Mas também é óbvio que, em 20 anos, deveríamos ter avançado muito mais.

A modéstia das nossas ambições deve ser tema para debate".

(Originalmente publicado na Revista de Cinema, maio de 2010)



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Di



Primeira parte do curta cujas imagens foram feitas ao longo do velório (MAM do Rio de Janeiro) e enterro (São João Batista) de Di Cavalcanti (1976).
Direção de Glauber Rocha e fotografia de Mario Carneiro, o qual, antes de ser cineasta, foi sempre um artista plástico. Para ele, o cinema era "um mural em movimento, à maneira de Rembrandt".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

comercial clássico



Em 1984, no intervalo dos desenhos, programas de televisão e novelas que eu assistia, gostava muito de ver este comercial criado por Duda Mendonça, o mesmo que depois viria a ser o marqueteiro do mensalão. Mas isso é outra história...

Rio 77/78


`
Não tinha conhecimento deste documentário a respeito do ambiente psicológico e cultural do Rio de Janeiro no biênio 77/78. Gostei bastante do "teaser". Me deu  vontade de assisti-lo do início ao fim.

Argumento: Mauricio Branco
Direção: Patricia Faloppa & Mauricio Branco

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bandeira



Outro dos curta-metragens dirigidos por Fernando Sabino e David Neves. Agora, o protagonista é o Bandeira.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Na casa do RIo Vermelho



Este é um dos curta-metragens filmados por Fernando Sabino e David Neves tendo como tema algumas das celebridades literárias brasileiras (1974).

tradição musical brasileira



No cinquentenário da morte de Noel Rosa (87), Chico Buarque deu esta entrevista em que trata sobre a clássica e reiterada questão das influências dos antigos na construção de sua obra...

a alegria do povo


Para o Dunga e sua seleção brasileira cheia de volantes tão obedientes quanto carentes de qualquer poder de invenção. Se for pra jogar feio, prefiro que o Brasil perca esta Copa do Mundo.
Trecho de Garrincha, a alegria do povo. De Joaquim Pedro de Andrade (1963).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

infância revisitada



A Porto Alegre da minha infância neste curta-metragem ganhador do prêmio de melhor montagem no Festival de Gramado de 84. Roteiro e Direção de Antônio Carlos Textor. Fotografia e câmera de Norberto Lubisco. Com certeza as filmagens ocorreram em 83, pois há uma cena em que aparecem rapidamente os letreiros de Superman 3 no Cinema Baltimore!  Estes que foram o primeiro filme e sala de cinema da minha vida. Fiquei muito impressionado com esta feliz coincidência de ter a oportunidade de ver imortalizada em imagem em movimento um momento tão significativo da minha infância. Cinema é viajar no tempo!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Xica da Silva



Depoimentos de Cacá Diegues e Zezé Motta a respeito de Xica da Silva, belo filme de 76. Também foi uma das maiores bilheterias da história do cinema brasileiro, com seis milhões de ingressos vendidos. A canção-tema de Jorge Ben  me agrada muito. "Xica da, Xica da, Xica da, Xica da Silva, oh negra..."

domingo, 9 de maio de 2010

Let it be



Nos quarenta anos do álbum (obrigado pela lembrança, Gil!), o famoso e melancólico  filme dirigido por Michael Lindsay-Hogg. Embora, na prática, todos soubessem que o cérebro por trás da produção e do conceito da obra tenha sido Paul McCartney. O filme foi lançado na mesma época do disco. Ainda não saiu em DVD, não sei por quê. Gosto muito dele. Aliás, aprendi a gostar dos Beatles assistindo a este "documentário" na TV Guaíba de Porto Alegre. Aqui, a primeira parte...

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

o Rib's ressuscitado



Este minúsculo trecho do filme gaúcho "Inverno" (82), filmado em Super 8, com direção de Carlos Gerbase, é para os antigos frequentadores da lanchonete Rib's em Porto Alegre.

inútil paisagem



Elis & Tom (74)

chovendo na roseira



Elis & Tom (74)

terça-feira, 4 de maio de 2010

A música segundo Tom Jobim



Belo programa, música e ótimas conversas neste programa dirigido por Nelson Pereira dos Santos para a TV Manchete em 1984. Com a parceria de Dori e Danilo Caymmi. Vale a pena!
Esta série de programas teve ainda outras três gravações. Entre elas, apareceram  Chico Buarque interpretando Noel Rosa e Radamés Gnatalli tocando Ernesto Nazareth ao piano.
Em tempo: parece que o Nelson Pereira está preparando um documentário longa-metragem sobre Tom Jobim.

Estorvo



Primeira parte da entrevista de Chico no Jô Soares Onze e Meia na época do lançamento de Estorvo (91).

cinema transcendental



Cinema novo e cinema falado.

domingo, 2 de maio de 2010

os bondes de orfeu



Orfeu do Carnaval (Orphée Noir). Dirigido por Marcel Camus em 1959.
O Rio do Centro, da Lapa, dos bondes e até de um morro que já não existe mais (Santo Antônio).
Vinícius nunca gostou desta adaptação cinematográfica de sua peça, Orfeu da Conceição. Palma de Ouro em Cannes no mesmo ano.